quarta-feira, 22 de junho de 2011

Reflexão Final


Para concluir, por agora, a realização deste portefólio reflexivo de aprendizagens gostaria de referir a relevância da elaboração do mesmo para o meu futuro profissional.

Cada vez mais a Língua Portuguesa é abordada nos primeiros anos de escolaridade, como uma área em que não se sente a necessidade de aprofundar, e justificam-se estas actividades, referindo que esta é uma área que nos acompanha ao longo de toda a escolaridade.

Todavia, é fundamental que as crianças possuam um bom desenvolvimento fonológico para a futura apropriação e aprendizagem da decifração.
No decorrer da unidade o curricular aqui abordada, fomos explorando actividades de leitura e escrita que poderão representar um grande suporte material para abordarmos com as nossas futuras crianças. Questões como a importância do ensino da leitura na compreensão de textos eram-me completamente desconhecidas. 

Aquando da nossa intervenção pedagógica, onde senti maior dificuldade foi na exploração de textos, pois apesar de leccionarmos com o método das 28 palavras para o ensino da leitura e da escrita, grande parte das fichas de trabalho que explorávamos tinham já as perguntas de interpretação elaboradas. Com esta unidade curricular, consegui apropriar-me da importância de realizar questões de consciência literária, inferencial e crítica pois, na sua grande parte, abordamos sempre a consciência literária, esquecendo por completo a importância das restantes.

É extremamente importante que se altere esta dinâmica, implementando um ensino da Língua Portuguesa de uma forma, não tão tradicional, mas mais dinâmica e desafiadora.

domingo, 19 de junho de 2011

Conhecimento Explícito da Língua


O papel do Conhecimento Explícito da Língua no Programa de Português:


Nos estudos preparatórios que conduziram à elaboração dos novos Programa de Português (DGIDC 2008), foi possível observar e quantificar alguns dados amplamente conhecidos:
i) Os nossos alunos, em final de ciclo, têm dúvidas e dificuldades na resolução de problemas e exercícios que envolvam conhecimento de gramática;
ii) Os nossos alunos, em final de ciclo, têm dúvidas e dificuldades em realizar tarefas que convoquem explicitação de conhecimento gramatical;
iii) Muitos docentes consideram que o trabalho sobre gramática é menos útil do que o trabalho sobre competências de leitura, escrita e produção e expressão oral.
(retirado da brochura)

Qual a diferença entre Conhecimento Explícito da Língua e Funcionamento da Língua?

Conhecimento Explícito da Língua – este conhecimento apenas faz sentido se houver a ideia de que existe conhecimento implícito sobre a língua. Um trabalho desta natureza pressupõe que os alunos são falantes competentes que mobilizam automaticamente as regras gramaticais necessárias para gerar e produzir enunciados na sua língua.
Enquanto falantes competentes, somos capazes de reconhecer como material linguístico, um conjunto de sons.

O CONHECIMENTO FONÉTICO que possuímos, dá-nos os instrumentos necessários para discriminarmos os sons que são linguisticamente relevantes, dos que não são.  
O CONHECIMENTO FONOLÓGICO permite-nos, recuperar sons e estabelecer relações entre os sons, intuitivamente.
O CONHECIMENTO MORFOLÓGICO permite que consigamos reconhecer o valor singular de uma palavra, pela ausência da marca de plural, ou que a frase é dirigida a apenas uma pessoa.
O CONHECIMENTO SINTÁCTICO permite-nos identificar dependências entre as palavras que compõem a frase.
O CONHECIMENTO LEXICAL permite-nos construir significados recorrendo ao que sabemos sobre cada palavra.
O CONHECIMENTO SEMÂNTICO manifesta-se quando analisamos a forma como as palavras se combinam.

Download da Brochura Conhecimento Explícito da Língua - Guião de Implementação do Programa de Português do Ensino Básico.